Ou considerações iniciais?
Na verdade, decidi do nada. Do nada mesmo, tipo o Einstein criando a teoria da relatividade ou Deus criando o... bem, isso aqui tudo, lembra da música da Amelinha no Festival 80 da Globo? Não? Pois é, eu lembro. E é exatamente por ter essa memória privilegiada e esquizofrênica, que me lembro de coisas... olha, sei que a utilidade da minha memória é praticamente nula, pois outro dia, não conseguia me lembrar onde ficavam as ruas 10 e 12 em Goiânia, mas consigo me lembrar que o Menudo abriu o show no Serra Dourada com "Persecucíon".
O São Bento está na minha memória... foi lá no CIC que eu dei os primeiros passos para me tornar Palmeirense, quando ainda não tinha um time aqui em São Paulo e fui ver Palmeiras x São Bento pelo Paulistão de 86. Se eu me tornei Palmeirense devido a uma exibição de gala do Verdão? Olha, o arrivismo veste 3 cores, o que ocorreu foi uma vitória suada do time da casa, 1x0, gol do Edel, de falta. De longe! Foi a minha primeira vez num estádio pequeno, onde dava pra ouvir os jogadores, por isso, ouvi - aos berros - a solerte instrução do Leão para abrir a barreira! Claro, gol feito, ele se levantou de braços abertos e apontando os culpados de sempre.
Mas não foi por isso, nem mesmo pela experiência inesquecível de acompanhar um time desde o ônibus até a entrada em campo, passando pelos preparativos de vestiário, num amistoso que o São Bento foi realizar em Votuporanga, onde eu meio que morava com a minha vó. Foi 4 x 1 pro São Bento. Me lembro de 4 jogadores dessa época: o goleiro Mococa, o Cremílson, Nílson Andrade e o ponta esquerda Cacá. Pra mim, eram os maiores craques daquela época!
Fora tudo isso, tem os deveres paternos! O Duda chega aos 3 anos e sua educação precisa ser iniciada, impostergavelmente. Uma verdadeira relação pai & filho precisa da contribuição de arquibancadas de concreto, cadeiras amarelas ou qualquer elemento desse tipo, tudo misturado ao cheiro de milho verde cozido, pipoca, espuma de cerveja e amendoim torrado, além de sorvete de coalhada, claro! Se o Duda vai gostar? Olha, ele gosta até mesmo de "O Homem da Gravata Florida", uma das músicas menos interessantes do Jorge Ben, só porque eu gosto, então...
O blog tem a influência clara do Febre de Bola, livro mágico do Nick Hornby que me mostrou um espírito irmão e despertou a sede de me dedicar mais aos relatos futebolísticos. E tem também o excelente trabalho abnegado que o Christian faz com o seu Galo, mas aqui, mais uma vez, será um blog mais sobre o torcedor do que sobre o time. Mas não sairia se eu não tivesse lido o Looooosa Paloooooosa, e-book da Carolina Mendes, sobre a saga da Lusa na Série B do brasileiro no ano passado. Claro, gostaria muito que o meu amigo Sorocabano e companheiro nas vicissitudes paternas, o Fefas, me acompanhasse nisso aqui.
Esse blog, enquanto durar, pelos mais diversos motivos, é dedicado ao meu Tio Juca, que sempre foi a personificação do São Bento pra mim, e contribuiu como poucos para essa minha paixão pelo futebol.
Hey ho, let's go!
3 comentários:
Vai ser muito legal!
É, vai mesmo. Forjada foi minha cultura futebolística quando eu morava em Patos de Minas e por isso só podia ver o Vasco de longe. Saciava minha sede de estádio acompanhando a gloriosa URT. E, olha, não me arrependo nem um pouco de ter vivido aquilo. Boa sorte!
Boraê, marcar um jogo qualquer dia. O Davi ainda terá de esperar uns dois anos, mas já terei a desculpa devida.
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